Um arquivo
para a Cidade
É
preciso falar sobre arquivo no PIÁ, seja em razão das entradas e
saídas dxs artistas-educadorxs ou mesmo pelos vestígios/fenômenos
que implicaram, implicam e implicarão decisivamente tudo aquilo que
tange as relações entre essxs agentes e as crianças . Para além
disso,é preciso pensar o arquivo enquanto uma instância da cidade,
afinal, trata-se de um programa realizado para a Cidade.
Daquilo
que me consta enquanto alguém que instaura processos...age/performa,
posso me considerar um arquivista vivo da Cidade de São Paulo, uma
vez que não me é permitido engavetar processos,todavia, ativá-los
e no caso do arquivo...reativá-lo. Por sorte, não sou único ,uma
vez que tantxs outrxs colegas assim também o fazem. O que falta
nesse processo é a constituição de uma interface por parte do
poder público ,para que esse arquivo seja acolhido e por
conseguinte, difundido. O PIÁ não é museu e por conseguinte, não deve se preocupar
com acervo, entretanto, um arquivo vivo será sempre bem vindo.
Nesse
ano de 2014, tive a felicidade de captar e editar 15 filmes,centenas
de fotos,2 textos (Revista Piápuru e Fórum “Processos Artísticos
,Tempos e Espaços” realizado no CCSP)... a constituição de uma
¹“Fan Page”,além de uma ²plataforma de mapeamento para o
PIÁ/Cidade de São Paulo. Posso assegurar que nada teria ocorrido
sem o auxílio dxs colegas.
Aliás, o mapeamento se presta a difundir um recorte sobre o que faz
cada equipe e sobretudo, buscar uma consonância poética entre as
ações/discursos que afetam o programa de um modo geral.
Deter-me
perante a entrega de um relato pesquisa/ação ,cujo bojo está
debruçado sobre um processo contínuo ,iniciado no primeiro dia de
trabalho... circunscreve-se ao mero cumprimento de uma tarefa, como
tantos outros textos que escrevi no ano passado para o blog do
programa e que infelizmente não foram devidamente
analisados/criticados, posto que não obtive qualquer tipo de
devolutiva. A ausência de uma devolutiva ,acentua o caráter de invisibilidade do programa e expõe sua fragilidade no que concerne a interface relacional do
programa.Contudo, a falta a invisibilidade serve de motivação ao contrário,como no caso da equipe que integrei esse ano (Lia Mandeslberg,Vitor Maia e Juliana Leme),equipe cuja premissa foi baseada em percursos visíveis. Não obstante, a reforma política
tão propalada nessas últimas eleições, perpassa também a
chave...a lógica que norteia a pesquisa/ação de quem faz a gestão
do programa. Portanto,há que se reformar o programa , seu conceito e
interface com a Cidade. Dito de outro modo, trabalhamos para o
programa dentro de um limite e fora dele por inconformismo,por uma luta pessoal e interpessoal... o que se
desdobra em certas amarras ,visto que os limites
burocráticos/precários estão sempre por fazer valer sua capacidade
de anular a presentificação dos processos dialógicos com a Cidade .
Para
fechar/abrir esse relato, reafirmo aqui a condição de Cidadão
para solicitar uma política de arquivo que possa potencializar
nossas formas de documentar, para que esses não se percam em nossos
HD´s (nossas gavetas virtuais). O PIÁ terá o reconhecimento
merecido, quando se fazer merecer em interface, de modo que insisto
nessa palavra valiosa, pois sem ela as devolutivas não chegarão a
quem colabora com o programa,bem como as demais pessoas que compõem
a Cidade de São Paulo.
Rodrigo Munhoz - Artista da Cidade - CEU Guarapiranga
¹https://www.facebook.com/piaguara
²http://www.mapascoletivos.com.br/maps/53cd4d221a4dbf8165e9a6eb/
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