Sem Fronteiras
Fábio
Amadeu Pupo
Se quisermos
nos tocar significativamente e completamente nossa aceitação mútua da
singularidade de cada um, devemos abandonar as barreiras defensivas que limitam
e frustram nosso anseio inato de perceber o todo mesmo quando algumas partes
perecem estar faltando.
As
partes que faltam muitas vezes, se escondem atrás de muros de medo (...) (Janie
Rhyne, 2000, p.176 – 177)[1]
Cristo apregoa que, para amar o
semelhante, é necessário amar-se. E como fazê-lo?
Antes de responder a essa pergunta,
faz-se necessário ponderarmos sobre a utilização da palavra amor, que
obviamente neste pronunciamento, não carrega em si o significado do amor
romântico. Dada a variedade, pois, que implica essa palavra, atenhamo-nos ao
único significado que nos interessa no momento: amor como conhecimento.
O termo “conhecimento” utilizado,
porém, não deverá entrar em discussão em suas minúcias semânticas ou de seu uso
estritamente filosófico.
Portanto teremos, a partir de agora,
o início de nossas questões baseadas no “conhecimento” como saber a respeito ou
ter consciência de, e “amor” como respeito a alguém ou a si mesmo.
Respondendo à pergunta inicial de
uma forma sintética, podemos seguir um raciocínio simples, pois esta questão,
de certa forma, já nos foi revelada quando discorremos sobre a significação das
palavras que depois dela, enfatizamos: amor e conhecimento. Ora, já que
conhecimento para nós é ter consciência de outrem e amor é dar importância a
esse, a pergunta soluciona-se pelo entendimento de que devemos ter consciência
do outro, já que semelhantes que somos, dando-lhe a importância de que merece
e, tendo a plena consciência de si mesmo.
Para tanto, devemos entender-nos
como humanos em nossa individualidade, porém inseridos numa coletividade.
Não somos o simples ajuntamento de
coisas fragmentadas, mesmo porque seguindo o rigor da dialética, fragmento para
nós, seria algo impossível de se pensar, já que “O fragmento pressupõe, mais do
que o sujeito do romper-se, o seu objecto[2].
(...) o fragmento, embora fazendo parte de um inteiro anterior, não contempla,
para ser definido, a sua presença. (Omar Calabrese, 1987, p. 8)[3]
Somos, pois, uma unidade, uma
identidade única em cada qual, que sente, pensa, constrói, se relaciona com o
meio e com os outros, que ama. Fazemos parte de uma complexa rede, a qual damos
o nome de mundo, que é um grande emaranhado de conjunturas, estruturas e
interligações.
As relações estabelecidas nesse
território “mundo” compõem nossa vida em sociedade. Dizem Peter Berger e Thomas
Luckmann[4]
que:
A realidade da
vida cotidiana além (...) apresenta-se a mim como um mundo intersubjetivo, um
mundo de que participo juntamente com outros homens. Esta intersubjetividade
diferencia nitidamente a vida cotidiana de outras realidades das quais tenho
consciência. Estou sozinho no mundo dos meus sonhos, mas sei que o mundo da
vida cotidiana é tão real para os outros quanto para mim mesmo. De fato, não
posso existir na vida cotidiana sem estar continuamente em interação e
comunicação com os outros. (2000, p. 40)
As relações estabelecidas no mundo
humano deveriam seguir o propósito único de bem–estar a todos, sem exceções. À
essa regra ideal existe, infelizmente, a discrepância. Na corrente da história,
a tecnologia da mecânica supriu os limites dos músculos; o raciocínio lógico
ganhou a velocidade dos bytes; os velhos rituais da colheita sucumbiram diante
do frenesi das engrenagens e, como não deveria ser, o humano substituiu o
humano. Na desenfreada corrida pelo progresso, as vidas são medidas pelas
escalas do poder econômico. O tempo atual pode ser ilustrado por Zygmunt Bauman
(2004, p. 41 e 42)[5],
quando este diz que:
A modernidade é uma condição da
produção compulsiva e viciosa de projetos.
Onde há projetos há refugo. Nenhuma
casa está realmente concluída antes que os dejetos tenham sido varridos do
local da construção.
Quando se trata de projetar as
formas do convívio humano, o refugo são os seres humanos. Alguns não se ajustam
à forma projetada nem podem ser ajustadas a ela (...)
Mesmo diante desse quadro
pessimista, são inegáveis os avanços sociais até agora alcançados ou mesmo o
quanto o conforto material faz-se um aliado, mas qual a medida exata para a
aferição no equilíbrio na balança?
A chave dessa resposta pode estar no
conhecer o outro e, por suas vez, se reconhecer nele. Mas, antes a tudo isso:
auto conhecer-se; amar-se e se respeitar. O quão importante carrega essas
palavras; conhecer-se, é ter em mãos a sua própria significação, ter a
consciência de qual o seu papel neste mundo.
Como já discorremos, o homem não é
uma estrutura feita de retalhos ou fragmentos ajuntados à sorte do destino ou
do acaso. Constitui-se, pois, de elementos ou dimensões importantes das quais
podemos destacar a seguir.
Comecemos a nossa investigação pela
dimensão biológica do homem.
Tal dimensão citada acima faz
relação direta com o corpo humano. É com ele e através dele, que transitamos,
sentimos e nos comunicamos no e com o mundo. Somos cada célula, que nos compõe,
que juntas, formam os tecidos, que por sua vez, formam os nossos órgãos. Nossos
corpos enxergam, tateiam, pulam e sorriam. Nunca haverá a possibilidade de um
corpo ser idêntico ao outro, pois a Natureza nos faz únicos em sua criação.
Na seara da Natureza, há corpos com
as mais variadas compleições e em inúmeras raças, num cabedal de belezas
infinitas.
Curiosamente o humano desde datas
longínquas, criou padrões de classificação estética para o corpo. É fácil notar
isso quando olhamos para trás, por exemplo, em estudo das artes, principalmente
nas artes ditas visuais, como a escultura e a pintura:
Desde a antiguidade até o inicio do
século XX, a representação da figura humana foi a preocupação maior da arte
ocidental (...) Mas osartistas, e depois deles os críticos, hesitaram entre
dois partidos dificilmente conciliáveis: a busca da beleza ideal, isto é, da
forma de um corpo humano perfeito, concebido abstratamente ou, segunda a lenda,
construído por superposição dos mais belos traços de vários indivíduos; e a de
uma verdade da representação, que de a ilusão da presença de um personagem
real. (Jacqueline Liechtenstein, Org., 2004, p. 9)[6]
Atualmente a mídia é quem “regula”
esse universo. A beleza é ditada segundo parâmetros de consumo econômico fazendo
com que a grande parcela excluída de seus ditames, lute para alcançar seus
padrões, gerando o consumo e, por vezes, a insatisfação pessoal, a qual gerará
mais e mais consumo, numa infindável roda viciosa.
A outra dimensão que podemos
salientar é a dimensão psíquica; aquela que envereda por entre nosso ser.
Somos também, além de um corpo
físico, pensamento, sensações, raciocínio e decisões. O consciente e o
inconsciente.
Podemos dizer que o homem compreende
a realidade a sua volta a partir da simbolização interna feita através de seus
pensamentos. O que nos difere dos animais é justamente a utilização desses
símbolos, pois o ser humano tem a capacidade de criação desses, e em
contrapartida, o animal se limita apenas à interpretação deles.
Liomar Quinto de Andrade (2000, p.
28)[7]
nos diz:
O ato essencial do pensamento passa
a ser a simbolização. A vida mental é reconhecida como um processo simbólico. O
simbolismo, chave para se entender o humano enquanto tal, passa a ser a
característica humana posta no grau mais elevado. Símbolo e significado
constituem o mundo do homem muito mais do que a sensação, porque o homem
compreende a realidade a partir dessa simbolização interna.
Portanto, é de suma importância
sermos entendidos em nossa individualidade, para além do racionalismo ainda
hoje operante, como que ao nível de máquinas.
Nise da Silveira, psiquiatra
discípula de Jung, que lutou fervorosamente em vida contra os tratamentos
vigentes à sua época, disse:
É impressionante a persistência da
influência de Descartes, dominante desde o século XVII, no que se refere ao
conceito das relações corpo-psique sobre a medicina científica.
O corpo seria uma complexa máquina
e, conseqüentemente, as doenças resultariam de perturbações no funcionamento
dos mecanismos que compõe essa grande máquina. A função do médico seria,
portanto, atuar por meios físicos ou químicos para consertar enguiços
mecânicos. (2006, p. 11)[8]
A outra dimensão que podemos
destacar é a social. Como já dissemos anteriormente, o humano estabelece relações
várias no campo mundo e a isso damos o nome de sociedade. É nato ao homem a
vida em agrupamentos. A vida em sociedade delineia-se exclusivamente das ações
destes seres que se inter-relacionam através da comunicação objetiva e/ou
subjetiva. Complementa esse pensamento, quando Peter Berger e Thomas Luckmann
falam que:
O mundo da vida cotidiana não
somente é tomado como uma realidade certa pelos membros ordinários da sociedade
na conduta subjetivamente dotada de sentido que imprimem a suas vidas, mas é um
mundo que se origina no pensamento e na ação dos homens comuns, sendo afirmado
com real para eles. (2000, p. 36)
A quarta e última dimensão que
destacaremos, é a dimensão espiritual.
No alvorecer da humanidade, o homem
lançou seus olhos para cima na busca por respostas daquilo que não compreendia.
Inicialmente creditava os poderes da Natureza a vários deuses que por sua vez a
controlava sob seus imperiosos ciclos. Deste modo, procurou dar um sentido a
tudo isso, elaborando símbolos e rituais que sustentassem essas atitudes.
As imagens dos
deuses, as representações de objetos considerados sagrados só podem ser
compreendidas caso se restitua a atitude específica da consciência simbólica,
que visa precisamente, através de uma forma visível, a uma surrealidade
invisível. Suscita-se assim um tipo de representações que ultrapassa a
manifestação das coisas naturais e diz respeito ao desvelamento, no psiquismo
ou na alma, de realidades perceptivas que não podem ser reduzidas a ficções ou
alucinações. (Jean-Jacques
Wunenburger, 2007, p. 24)[9]
Com o tempo, a busca incessante por
respostas continuou. O raciocínio acerca das coisas da vida se elevou, da mesma
forma que o entendimento do sobrenatural também. O homem adquiriu cada vez mais
a capacidade de intuir para além do mundo físico em que habita. Ao mesmo tempo
em que evoluiu mentalmente, procurou por um sentido maior da vida. “O que faço
aqui?”; “Quem sou?”; “Quem me criou?”; “Existem forças maiores e acima de mim?”
Depois de longos questionamentos,
finalmente, aprendeu que além de seu corpo de carne, existe outro, de matéria
mais sutil e que este tem a capacidade da transcendência. Aprendeu também que
tem que alimentá-lo (não só ao corpo físico). Aprendeu que é um ser espiritual,
que deve se conhecer e aos outros: amar-se e amar, independente dos interesses
terrenos.
Estes preâmbulos dão conta da
importância de termos em nossos relacionamentos diários os olhos voltados para
o outro em todas as suas instâncias e constituintes. Dentro deste leque, nos
deteremos de agora por diante, no âmbito profissional.
Este texto, portanto, tem a
preocupação em relacionar o que foi dito até então com a minha experiência como
coordenador regional no Programa de Iniciação Artística no ano de 2014.
Antes de tudo, acredito no refinamento
das boas relações sejam elas de companheirismo, generosidade, credibilidade e,
sobretudo, respeito uma vez que o programa relaciona a arte à criança. Creio
também, que o profissional que atua neste programa, deva ter estes elementos
como premissas em seu fazer diário.
Desta feita, inicio a descrição do
que me proponho, dando ênfase ao trabalho de coesão que foi feito e pensado
para as coordenadoras (ao todo eram cinco coordenadoras, todas atuantes na
região Norte da cidade) por mim orientadas neste ano. A minha atuação teve a
preocupação em instaurar e propiciar uma rede de boas relações entre esses
coordenadores bem como, fortalecer o trabalho de cada qual por meio de trocas,
onde cada uma poderia contar com o apoio alheio.
A descrição será dividida em três
partes, sendo que cada qual sob um título, de forma a ilustrar o processo.
Porém, deve-se tomar o cuidado em não julgá-la como o processo em si, mas,
antes de tudo, ferramentas utilizadas que foram e que simbolizam e desenham
todo um caminho de construção. Inicia-se, pois, com o título “Identidade”; em
seguida, “Quem sou como coordenador” e finalizando com “Quem fui: trocas”.
A primeira das atividades, sob o
título “Identidade”, foi uma iniciativa para que todos se conhecessem e, com
isso, fosse promovida uma integração, de forma lúdica, mas, que de certa
maneira, conseguisse o aprofundamento do olhar de uma sobre o outra.
Foram dispostos sobre uma mesa, em
uma sala fechada, vários objetos. As participantes eram convidadas a adentrar a
sala, uma por vez. Dentro deste recinto,
eram orientadas a escolher dentre todos os objetos, cinco com os quais elas mais
se identificavam. Para cada participante, identificado como “A”, “B”, “C”, “D”
e “E”, anotava-se suas escolhas em uma tabela:
/
|
A
|
B
|
C
|
D
|
E
|
Golfinho
|
|
|
|
|
|
Pés
|
|
|
|
|
|
Garfo
|
|
|
|
|
|
Secador
|
|
|
|
|
|
Palmeira
|
|
|
|
|
|
Torta/bolo
|
|
|
|
|
|
Esquadro
|
|
|
|
|
|
Dragão
|
|
|
|
|
|
Banheira
|
|
|
|
|
|
Sapato dourado
|
|
|
|
|
|
Tênis
|
|
|
|
|
|
Cadeira
|
|
|
|
|
|
Carruagem Abóbora
|
|
|
|
|
|
Tabela
Quando as cinco participantes
terminaram esta etapa, foram convidadas a voltar à sala, e nela, preencher
alguns questionários:
|
Prancha
Estes questionários (prancha) identificados
com as mesmas letras da Tabela (“A”, B” ... e sucessivamente), eram preenchidos
respondendo à questões de acordo com a exposição dos objetos escolhidos por
cada participante, como exemplo: primeiro foi disposto à todas, os cinco
objetos escolhidos pela participante “A”, sendo assim, todas, inclusive a
participante “A”, respondia às perguntas da prancha relativa à participante “A”
e assim por diante até que todas as pranchas fossem respondidas. Feito isto, ao
final, cada participante recebia de acordo com a sua letra de identificação, as
pranchas e as lia em voz alta o que lhe foi escrito.
Esta atividade de cunho simbólico
permite, através de imagens/objetos, a manipulação de idéias intuitivas, de
maneira a fazer com que as relações se estreitem e se afinem.
O recurso à ficção pode ajudar o
sujeito integrar o campo simbólico (...) criando assim uma linguagem simbólica
através da qual podem exprimir-se estados ‘informulados’ ou ‘informuláveis’
(...). (Aude
Kater[10],
2006 apud Attigui, 1998, p. 18-19)
Desta forma, ao tentar “interpretar”
o outro pelo artifício simbólico, a participante, usando de sua cognição e
intuição estabelecia pré-relações desde então com o “interpretado”. Ao final da
vivência experimental, todos se conheciam melhor ou, de outra maneira, se
reconheciam em si, e entre si.
“Quem sou como coordenador” foi uma
ação com o intuito de fazer com que cada qual, cada participante, se
auto-analisasse até então naquele momento na função de coordenadora e, por meio
de trocas entre todas, que se balizasse e se fortalecesse por meio desta.
O meio utilizado foi o recurso da
máscara e com isso foi estabelecida uma metáfora, com a qual a participante
interagiria através de tintas por sobre as suas superfícies, interna e externa;
deste modo representaria seu “estado” enquanto na função de coordenadora. Ou seja, a participante simularia na parte
interna como se sentia até aquele momento como coordenadora e na parte externa,
como imaginava ou percebia como lhe viam nesta mesma função, daqueles do seu entorno
de trabalho. Um dado a acrescentar, é que todas as cinco coordenadoras iniciaram-se
nesta função neste ano.
Para Païn e Jarreau[11],
“(...) a máscara não oculta nada, salvo que é muito conhecido”.
Após a pintura “reflexiva”, foi
iniciada uma rodada de impressões sobre a experiência. Abaixo, fragmentos da
fala de uma das participantes:
Participante W descrevendo o interior da máscara: - Angústias internas.
Perfeccionismo comigo. Abraçar o mundo. Me cobro.
Participante W descrevendo o exterior da máscara: Escuta. Tranqüilidade. Sinto-me
acolhida.
Outra participante quando relata a
parte interna de sua máscara:
Participante X: - Feliz. Sorte. Espiritualidade.
E quando descreve a parte exterior
da máscara:
Participante X: - Elas (as AE´s com quem trabalha) me vêem como
companheira. Vêem-me como séria, confiável. Compartilhar.
Podem-se perceber nestes relatos,
similitudes ou não. Há elementos que se polarizam como tranqüilidade e
angústia; se cobrar com ser feliz, mas, sobretudo, há a verdade de cada qual
exposta de maneira ética e respeitosa. Atentando-se ao fato de que cada uma age
ou vive perante a sua realidade pessoal.
Com isso, procurou-se nesta
atividade, a troca de vivências, afim de que todas se fortalecessem através da
exposição daquilo que, mesmo que lhe angustiassem ou lhe fossem negativo, mas
que, ao falarem lhes aliviariam em certo nível.
“Quem fui: trocas”, foi a última
vivência deste ano com as coordenadoras. Realizada também por meio de materiais
plásticos, como a argila.
Segundo Chiesa[12],
“O contato com o barro (argila) desperta a sensibilidade, alivia as tensões e
satisfaz os mais profundos e primitivos instintos humanos da natureza criativa.
(...) É um material que nos coloca em contato com a natureza” (...) (p. 50-51).
A atividade, já ao final do percurso
do ano de trabalho, consistiu em uma reflexão de, passadas os primeiros momentos
enquanto coordenadoras e depois dos meses que se seguiram nas atividades
diárias, como elas se encontravam naquele momento de consolidação de seus
trabalhos.
Para tanto, conforme dito
anteriormente foi utilizado o material argila. Novamente, de forma metafórica,
foi pedido que modelassem a argila sob a argumentação do quanto tiveram que se
modelar ou foram modeladas enquanto coordenadoras em seus percursos durante o
ano. Neste ínterim, foi dada a opção de que não havia a preocupação de um
“produto final” advindo da argila.
Pode-se perceber este percurso nas
falas das participantes após a atividade de modelagem, quando todas trocaram
entre si as impressões do experimento, como exemplo:
Participante Y: - Lugar novo,
equipe nova; sempre me senti pertencente. (...) Fui buscando por uma relação
que não era natural de início, mas que agora se tornou.
Participante Z: - Todo mundo novo nos uniu. Às vezes tem alguém que tem
mais dificuldade com algumas coisas. Respeitar o tempo do outro e de você
também.
O trabalho com a modelagem,
portanto, mobilizou sensações, sentimentos e imagens, fazendo com que houvesse
a possibilidade de ressignificação de suas próprias histórias.
Na esteira desta experiência,
aconteceu outra com materiais diversos: papel canson; papel sulfite; lápis de
cor; giz pastel e movimentou entre todas, trocas de afeto materializado.
Foi pedido a elas que, com estes materiais,
elaborassem oferendas ou presentes que simbolizassem seus sentimentos a alguém
(entre nós ou outros), a algum ou a alguns etc. Sendo assim, ao final da
elaboração dos objetos (cartões; catavento; esculturas, etc) houve o momento do
presentear/oferendar ao outro dentro de um clima de comunhão de afetos.
Esta atividade final completa e
salienta a ideia do quanto é necessário estarmos atentos em nossos fazeres
diários ao outro. Do quão necessário estarmos em harmonia e coesão conosco e
com nossos parceiros, estando sempre dispostos a oferendar a nossa
generosidade, o nosso amor.
Bibliografia:
ANDRADE, L. Q. Terapias
Expressivas. São Paulo: Vetor, 2000.
BAUMAN, Zygmunt. Vidas desperdiçadas. Rio de Janeiro:
J.Z.E., 2005.
BERGER, P.
L.; LUCKMANN, Thomas. A Construção Social da Realidade. Petrópolis:
Editora Vozes, 2000.
CALABRESE, Omar. A Idade Neobarroca. Lisboa: Edições 70
Ltda, 1987.
CHIESA, R. F. O diálogo
com o barro: o encontro criativo. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.
LICHTENSTEIN, J. (Org.). A pintura – Textos essenciais,
Vol. 6: A figura humana. São Paulo: Editora34 Ltda, 2004.
PAÏN, Sara;
JARREAU, Gladys. Teoria e Técnica da
Arte-terapia. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
RHYNE, Janie. Arte e Gestalt: Padrões que convergem. São
Paulo: Summus, 2000.
SILVEIRA, Nise. O mundo das imagens. São Paulo: Editora
Ática, 2006.
WUNENBURGER,
J-J. O imaginário. São Paulo: Editora Loyola, 2007.
Periódicos:
Arteterapia: Reflexões. Departamento
de Arteterapia do Instituto Sapientiae, ano VIII – nº 07. JK Gráfica e Editora,
2006.
[1]
RHYNE, Janie. Arte e Gestalt: Padrões que convergem. São Paulo: Summus,
2000.
[2] A
palavra está escrita no Português de Portugal.
[3]
CALABRESE, OMAR. A Idade Neobarroca. Lisboa: Edições 70 Ltda, 1987.
[4]
BERGER, P. L.; LUCKMANN, THOMAS. A Construção Social da Realidade.
Petrópolis: Editora Vozes, 2000.
[5]
BAUMAN, Zygmunt. Vidas desperdiçadas. Rio de Janeiro: J.Z.E., 2005.
[6]
LICHTENSTEIN, J. A pintura – Textos essenciais, Vol. 6: A figura
humana. São Paulo: Editora34 Ltda, 2004.
[7]
ANDRADE, L. Q. Terapias Expressivas. São Paulo: Vetor, 2000.
[8]
SILVEIRA, Nise. O mundo das imagens. São Paulo: Editora Ática, 2006.
[9]
WUNENBURGER, J-J. O imaginário. São Paulo: Editora Loyola, 2007.
[10]
Arteterapia: Reflexões. Instituto Sedes Sapientiae, 2006.
[11]
PAÏN, Sara; JARREAU, Gladys.
Teoria e Técnica da Arte-terapia. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
[12]
CHIESA,
R. F. O diálogo com o barro: o encontro criativo. São Paulo: Casa do Psicólogo,
2000.
Nenhum comentário:
Postar um comentário