terça-feira, 18 de novembro de 2014

CRIAMOS ASAS, SOBREVOANDO O “CÉU”

“Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo... Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar...o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.”


Os encontros do PIÁ, nesse ano alinhavaram varias histórias, inspirações, processos. Transportando-nos para fora da sala, desenhamos novos espaços, conquista feita pelas parcerias que findamos. Sainda além das fronteiras do Céu, mapeando as ruas, casas, conhecendo melhor o bairro, nos alimentamos com novas propostas e ideias, que aos poucos foram se transformando. Sobrevoamos os espaços, interagindo, sorrindo, brincando, transformando. Cada encontro nos levou a voôs profundos e intensos, que mesmo que marcados por processos interrompidos e efemeridade desencadearam novas ideias, sobrevoando pelo “CEU” e descobrindo outros cantinhos, outras fontes de brincar e criar, de “artificarpiá”.

 

Como teias que se conectam com seus fios diversos, ganhando novas dimensões, nos transmutamos e transformamos ao longo desses oito meses, crescendo com as crianças, aprendendo e ensinando. Vivendo cada dia uma nova rotina,  extensões de possibilidades a se explorar. Mesas e cadeiras, que passaram a resignificar, brinquedos e instrumentos inventados, bexiga e conduite, também ganhando novas possibilidades. Reciclados transformados com cores, texturas, formas. Nesse emaranhado de situações e possibilidades as ideias começaram a estourar feito pipoca...  

No início deste segundo semestre surgiu uma inspiração para um projeto: uma maquete, uma pequena história que alinhavou uma ideia. Vamos tecer uma grande casa, dentro do nosso PIÁ? E assim, empolgados artistas e crianças, viramos e reviramos, transformando paredes retas com tecidos, caixas, reciclados, que aos poucos foram ganhando nova forma, e perdendo seus antigos significados. Brincando de quebra cabeça com caixas, que viraram além de paredes, molduras, carros, brinquedos até um labirinto.  Dentro desta vetende de materiais alternativos, com um processo que acabou, dando ideia para outro, começamos a compor, inventar, criar fantasias, figurinos, peças para os pequenos estrearem no nosso grande encerramento, “a lá pia”, com uma festa a fantasia, onde cada um vai com a roupa que teceu... 

Maria Cecília Amaral Pinto
Artista Educadora de Artes Visuais do CEU Tres Pontes
  

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